sábado, 27 de julho de 2013

A velha cadeira


Certa vez enquanto sentado numa cadeira qualquer algo estranho começou a acontecer, confiante de que a cadeira era boa e segura, relaxei e me rendi totalmente, e então algo realmente mágico aconteceu, uma vibração, um calor que vagarosamente foi subindo e esquentando meu corpo até alcançar meu peito que logo ficou em brasa, a alegria, a forte sensação de proteção, de amor e de afeto estava comigo, era como se tivesse pisado nas portas do paraíso e ganho um presente dos anjos. Passada a tormenta inicial me dei por conta que talvez aquela cadeira fosse mágica, pois nela havia as chaves de um coração há muito tempo endurecido, surrado, e esquecido mas que não sabia que guardava uma quantidade imensa de amor prestes a ser libertado. Daquele dia em diante a magia continuou, passei a sentir amor e alegria por tudo ao meu redor, desde insetos a plantas, algo em minha visão se expandira, me dei por conta que nada são coincidências, que somos almas habitando corpos terrestres, que estamos interligados não só com os outros mas com todas as coisas também. Para confirmar, a existência colocou-me lá algumas vezes de volta numa série de coincidências incríveis, talvez para não deixar dúvidas de que o amor é o caminho e ele sempre acha um jeito de chegar até nós. Em alguns momentos mesmo distante daquela velha cadeira sinto uma paz que preenche, e então essa loucura parece ser sem fim, e hoje com mais maturidade digo com confiança que o amor enlouquece qualquer um, mas se fosse escolher preferiria ficar louco, louco de amor.

Ugo Micael Ventura
http://tempodegerminar.blogspot.com/

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